A Junta de Freguesia de Silves esteve presente na cerimónia de inauguração do Memorial “Pela Liberdade Sonharam e Lutaram”, em homenagem aos presos políticos e resistentes antifascistas de Silves.
O memorial foi inaugurado no dia 30 de Novembro, assinalando o encerramento das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril promovidas pelo Município de Silves.
Estiveram presentes autarcas da Junta de Freguesia de Silves, Município de Silves, Assembleia Municipal de Silves, representantes da URAP (União de Resistentes Antifascistas Portugueses), intervenientes na luta contra a ditadura fascista e muitos populares que quiseram honrar a memória dos que lutaram pela Liberdade e Democracia. Esteve também presente a equipa que idealizou e construiu o memorial, da autoria do artista plástico João Frank, e que se encontra instalado junto ao Rio Arade, perto da Ponte Nova.
O Presidente da Junta de Freguesia de Silves, Tito dos Santos Coelho, tomou a palavra para manifestar o seu agradecimento ao Município de Silves por esta iniciativa que honra 288 homens e mulheres do concelho, na sua grande maioria, cidadãos de Silves.
No decorrer das cerimónias foi seguidamente apresentado o livro do Prof. Dr. António Guerreiro, com o título “1924 – Silves, As Vozes da Resistência”, editado pelo Município de Silves.
Este livro destaca um acontecimento vivido na cidade quando, no ano de 1924, os operários corticeiros acompanharam uma prolongada greve nacional. No final desta luta, quando os filhos dos operários regressavam à cidade, depois de terem sido acolhidos noutras cidades algarvias, para não passarem fome devido à greve, a manifestação espontânea de pais e filhos foi travada pela GNR. Como resultado, um operário foi morto e diversas mulheres, crianças e homens ficaram feridos.
Um livro que lembra um episódio da vivência da cidade operária que foi Silves e que também merece ser relembrado.